O que sobrou daquele ambiente mais parecia como uma enorme lápide.
O silêncio absoluto. Implacável.
Lucian permaneceu imóvel, o olhar vidrado no vazio onde sua mãe estivera segundos antes. Seu peito subia e descia em respirações irregulares, curtas demais, como se o ar simplesmente se recusasse a entrar.
Ivy sentiu o mundo se inclinando ao seu redor. Suas pernas falharam, e ela teria caído se Lucian não estivesse ali, sustentando-a. Mas, ironicamente, ele próprio tremia tanto que parecia que seria ele quem desabaria a qualquer instante.
Os dedos de Ivy se fecharam com força ao redor da manga da camisa dele, buscando um ponto de ancoragem.
— Lucian… — sua voz saiu falha, quase um sussurro.
Ele não respondeu.
Um soluço tremeu em seus lábios antes de ser sufocado. O peito dele se contraiu de maneira violenta, e então ele finalmente caiu de joelhos.
— Ela… se foi. — Sua voz quebrou.
Ivy sentiu os olhos arderem.
— Eu sei.
A dor que pesava sobre ele era tão palpável que parecia um peso real