(ALANA)
Eu mal conseguia respirar. A dor no peito era quase física, esmagadora. Minha mente era um turbilhão de pensamentos desconexos — medo, raiva, angústia. Ao meu lado, Ozil segurava minha mão com firmeza. Seu toque era o único fio de realidade ao qual eu ainda me agarrava.
— Vai ficar tudo bem, Alana — ele murmurou, apertando meus dedos como quem segura alguém prestes a cair. — Eu estou com você.
Assenti, sentindo o nó na garganta crescer até quase me sufocar. Meu pai... o líder dos Mendonça... estava entre a vida e a morte após um ataque covarde. E ninguém sabia, ainda, quem tinha feito isso.
O caminho até o hospital foi de um silêncio sombrio. Ao chegarmos, fomos levados diretamente ao quarto dele. Quando o vi... meu coração parou.
Meu pai jazia na cama, pálido como a neve, com tubos por todo o corpo. O homem forte que sempre foi parecia ter desaparecido, e em seu lugar havia uma sombra. Me aproximei com passos trêmulos e segurei sua mão com toda a delicadeza do mundo,