Simon Duarte
Eu precisava me afastar. De novo. Esse sou eu... inconstante, inseguro.
Não era porque o Noah fez algo errado. Era porque eu não sabia mais o que fazer com o que eu sentia. Com o que meu corpo sentia e com o que minha cabeça gritava e eu tentava calar.
Depois da última vez em que ele sogou meus seios, com o intuito de me ajudar com as dores, depois do que rolou entre nós — aquele momento em que a gente se tocou sem tocar, em que o tesão explodiu sem aviso — eu fiquei em pedaços. Porque não era só sobre o que aconteceu. Era sobre o que aquilo dizia. Sobre mim, sobre ele, sobre nós.
E eu não tava pronto pra lidar com isso.
Comecei a evitá-lo novamente. Respondia com mensagens curtas, com respostas secas. “Tô ocupado.” “Tô cansado.” “Hoje não dá.” Ele percebeu e respeitou meu afastamento.
Na escola, ele tentava se aproximar. Sentava perto. Fazia piada. Mas não era invasivo ou forçava a barra. Mas me olhava daquele jeito que me desmonta. E eu, na minha hipocrisia e fraqueza,