Kaio só tinha um sonho, vir a são Paulo e estudar, porém só não contava que o seu colega de apartamento iria lhe fazer uma proposta tão inesquecível e imprevisível. Josh Nakamoto, seu amigo e talvez mais que isso, mas ele não tinha muita fama de confessar o que sentia, até um fatídico dia que ele teve que lançar uma proposta pra o seu amigo. "Casa comigo? " E tudo isso por exigência de seu avô e único parente, o ancião disse ao neto que ele deveria está em uma união estável ou com o casamento marcado pra então herdar a empresa de seus pais. E Josh, queria deixar seus pais orgulhosos. Sua única opção era Kaio aceitar. Kaio aceitou; mas com uma exigência: eles não deveriam se apaixonar um pelo outro até o contrato terminar. Se eles iria cumprir? Só o tempo diria.
Ler maisUma palavra que definiria a vida de Kaio, era: imprevisível.
Tudo começou quando ele se mudou para uma grande cidade na capital de São Paulo, que, para o rapaz sonhador era como ir a New York, mas convenhamos é bem diferente, é tipo comparar rio com praia, há mais areia para o pequeno caminhãozinho. E pra não ficar surpreso de como o rapaz era sonhador, ele parou na paulista e suspirou admirando aqueles prédios enormes, como nos filmes com uma pegada teen que passavam na sessão da tarde.
Kaio, veio a São Paulo, para cursar administração. E ele poderia muito bem, fazer em sua terra natal. Alagoas. Mas preferiu com a ajuda de sua família, vir à grande metrópole. Sua mãe foi a primeira a apontar a besteira que seria gastar mais dinheiro, porém seu pai era gamado no filho mais novo, então não hesitou muito. Foi aí, que ele chegou na selva de pedra.
Dali em diante, as coisas aconteceram rápido e logo ele estava na entrada dos apartamentos que ele havia alugado um quarto. E mais uma vez, ele lembrou de como dona Lúcia — sua mãe — disse que era luxo demais para um jovem que, segundo ela, nem havia saído das fraldas, porém Kaio já tinha tirado a fralda, e feito muito mais que isso, se é que entendem. Após sua rápida identificação na portaria, ele subiu de elevador ao andar seis, parando na porta número trezentos, ele estava tão nervoso que até ensaiou algumas vezes como falaria com o/a possível morador/a que tinha lhe alugado o quarto.
Fora instantâneo.
Sua boca abriu e fechou algumas vezes, ao ver o o homem que lhe atendeu, ponto importante: Kaio era gay, não assumido, mas era muito gay. Então ele tentava de alguma maneira se esconder no armário, mas em algumas vezes, como essa, ele não conseguia.
ᅳ Olá, posso ajudar? ᅳ O morador falou. Seus olhos castanhos claros, os olhos puxados, o nariz arrebitado, rosto pequeno com sua mandíbulas acentuada, cabelos negros caídos sobre seu ombro. Ele parecia um desenho animado ᅳ Oi?
ᅳ Ah, olá. Desculpa.... Minha mãe alugou um quarto neste quarto. Quer dizer, nesse apartamento. ᅳ Ele enrugou o nariz, ficava todo enrolado quando nervoso. E depois engoliu em seco ᅳ Sou... Kaio.
ᅳ Josué. Mas me chamam de Josh. Entra, ela falou que você viria hoje. Não repara a bagunça. ᅳ Ele abriu a porta e deu passagem para o novo morador. Fechando logo após. ᅳ Eu acabei esquecendo... Do contrário eu tinha ido te buscar.
ᅳ Quê isso... Tudo bem. Eu queria mesmo ficar nervoso com essa cidade enorme. ᅳ Brincou. E Josh sorriu. ᅳ Bom, aonde é o quarto?
ᅳ Ah, claro. Vem eu te mostro.
Kaio, só agora pode respirar mais tranquilo, pois sentia que sua respiração estava rarefeito depois de ter visto o rapaz que lhe acolhia. Torcia para que o homem não tivesse percebido seu penhasco por homens assim de cara, do contrário ele estaria lhe achando um carente. Uma hora ele iria saber, é claro, mas não queria passar essa primeira impressão, de que estava babando nele.
Não agora.
ᅳ Ele é do mesmo tamanho que o meu. Espero que goste. ᅳ Josh, disse destravando a porta e abrindo. ᅳ Você pode decorar do jeito que quiser. Se for trazer animal vivo pra dentro do quarto me avisa antes, tá?
ᅳ Por que eu tô sentindo que isso é um trauma? ᅳ Kaio, perguntou encarando o outro.
ᅳ Acordar com um jiboia enrolada em seus pés não é um belo bom dia.. ᅳ Josh, coçou sua nuca. Vendo o outro arregalando os olhos. Fora realmente assustador.ᅳ É tem gente louca pra todo lugar.
ᅳ Oh se tem! Mas fica tranquilo, não irei trazer não! ᅳ Kaio deu as costas ao outro, portando um sorriso ao ver a vista que o qaurto dele tinha.
As cores pastéis que o céu ganhava, com o fim de tarde. Alaranjado e com um tom rosé, as nuvens pareciam uns algodão doce pairando acima dos prédios, ele sorriu ladino, suspirando. O que não passou despercebido por Josh, que se aproximou do jovem admirando as nuvens.
ᅳ É lindo não é? A parte do dia que eu mais amo. Só perde para o nascer do sol, visto da terra nascente.
ᅳ Bem que eu percebi, que você era asiático. Japão?
ᅳ O olho puxadinho me entregou não foi? Sim, Japão.
Josh, olhou nos olhos do outro, que estava a alguns centímetros abaixo dele. Viu uma cor rubro brotar nas bochechas do seu companheiro de apartamento de agora em diante. Então lhe deu um sorriso, ele devia estar envergonhado por causa do assunto, e se virou pra sair mas parou na porta, com as mãos na maçaneta para então dizer:
ᅳ É bom te ter aqui, Kaio. ᅳ Josh deu uma piscadela e então saiu.
ᅳ MEU DEUS! Calma.... ᅳ Kaio sentou na cama com uns lençóis branquinhos enquanto colocava as mãos em seu peito, verificando seus batimentos cardíacos, que estavam acelerados, sentia que seu coração alguma hora saltaria pela boca. ᅳ que eu vou fazer pra não surtar? Por que eu vou.
Ele se jogou na cama e sentiu que a partir dali sua vida iria melhorar. Iria dar um glow UP, daqueles digno de beleza renovada no programa da Eliana. Qual era a probabilidade, de que, um dia estaria morando com um gato daqueles? Nenhuma. Imprevisível, mas que ele tinha amado essa nova fase de sua vida. E que lhe daria muito, mais muito o que fofocar pra sua bestie.
Mas as coisas não eram assim tão rápidas ou dessa forma sonhadora que ele estava lidando. Só então percebeu que ele estava pensando demais em probabilidades, em vez de agarrar ao que realmente importava: ele estava na cidade que ele sempre quis, estava prestes a entrar em uma universidade de outro estado e... Morando com um gato.
Ele não iria superar isso tão cedo
Ele sorriu olhando para o teto, e correu para abrir suas malas e então arrumar suas coisas, mas o que fez foi espalhar suas roupas no guarda roupa, fez uma anotação mental que deveria comprar alguns produtos de higiene, e ligar pra sua mãe esse era o mais importante de todas as outras coisas, e está ele deveria fazer com urgência, ou praticamente seria decapitado. E não era exagero.
Enfim, sua aventura tinha começado.
Assim mandou uma mensagem para sua melhor amiga, e ligou para sua mãe.
ᅳ Oi mãe, cheguei bem. ᅳ O filho falou assim que a mãe atendeu pois ele sabia que a primeira pergunta seria essa. ᅳ Está mais tranquila?
ᅳ Agora estou, meu filho como foi sua viagem? Seu companheiiro de apartamento é legal? ᅳ A mulher perguntou.
ᅳ É ótimo, ele é mais que legal. ᅳ Ele falou lembrando de sua visão de antes que teve do homem.
Falou alguns minutos e tranquilizou a sua progenitora, dizendo está bem e que chegou a salvo. A aventura de novo universitário, de um novo morador, de uma nova pessoa, havia começado. E parte dessa aventura, havia começado a muito tempo quando ele sonhou está cursando seu curso em outro estado, morando em outro estado, o pequeno Kaio surtaria se ele visse onde o Kaio chegou, ele tinha realizado um de seus sonhos.
Eles se despediram com um sorriso e aquela noite havia acabado para os dois. Kaio ao chegar no apartamento seu primeiro destino e tão aguardado por seu corpo, o banheiro. Foi tirando sua roupa durante todo o quarto chegando ao box e ligando o chuveiro, deixando a água quentinha deslizar por sua pele, Enquanto tentava ao máximo não pensar no que Josh estaria fazendo a essa hora da noite, se ele havia voltado pra festa ou se tinha continuado com a mulher no camarim, estava tentando manter aquela desconfiança fora de questão, estava com ciúmes do que aquele mulher poderia provocar no homem. Então depois do banho, foi até a cozinha pra comer algo, sentia um pouco de fome. Comeu algo rápido, e foi direto ao quarto. Olhando para o teto viu que nada poderia fazer mais sentido do que seu casamento seria arruinado pelo público. O que ele pensava era que o público iria lhe acusar de está separando o pai do filho, ele sabia como funciona as pessoas sempre vão ter a chance de dizer que é ele
Kaio mandou uma mensagem para Josh explicando que ele não ficaria para a pós festa. Decidiu depois de sentir que sua bateria social tinha acabado, não era algo de se espantar, depois do choque que foi a notícia que recebeu o deixou muito mais cabisbaixo do que o dia que ele percebeu que não teria chances com seu amigo. E por incrível que pareça a mesma pessoa que extinguiu suas chances, também foi a mesma pessoa que fez sua noite deste dia. A noite que era pra ser apenas alegria e festa, acabou em choro e tristeza, não era fácil ser feliz nesse mundo. Quando já do lado de fora do enorme galpão que eles alugaram para acontecer a apresentação, ele suspirou. O ar gelado da recente madrugada, pois era quase Duas horas da manhã. E tudo que ele queria era um banho com água quente, só assim para tirar esses cansaços e tentar queimar essa tristeza junto com sua pele, ele balançou a cabeça espantando os pensar nada prudentes. Quando percebeu que no meio fio outra pessoa estava mais triste
Só tinha uma maneira de se prosseguir. ㅡ Eu quero o exame de DNA. É meu direito. Josh tinha voltado à sala, Karol estava o aguardando. Ela estava até mais relaxada, não parecia mais tensa como antes, talvez tenha sido por ter desabafado com alguém e esse alguém era o pai de seu filho, Joshua. O único ali que não estava nem um pouco relaxado, estava perdendo a festa que e Kaio tinha preparado com tanto amor e carinho, eram para os dois está na pós festa, que seria em um local fora do que estavam, por sorte as pessoas que antes estavam ali não estavam mais. ㅡ Foi aquele lá que te forçou a pedir isso? Acha que estou mentindo? ㅡ Karol olhou nos olhos preocupados do homem e sentiu que ele estava achando sim. ㅡ Veja só, dizem que não existe coisa melhor do que ver com os próprios olhos. ㅡ Eu não quero ver, Quero que você traga ele ou ela no dia que vou indicar e então vamos fazer o exame. ㅡ Josh desviou seu rosto enquanto procurava algo em seu celular. ㅡ Não quer se comprome
Depois dele ter dito a última frase e a multidão se pôr de pé para o aplaudir percebeu que tinha terminado. Uma imensa alegria surgiu em seu peito, como se um fardo estivesse lhe abandonando naquele momento, era a melhor sensação, viu cada rosto da plateia lhe aplaudir, como diria Josh, é seu momento, e ninguém mudaria isso. Então vivenciou aquela euforia, correndo seus olhos pelas fileiras enquanto suas mãos juntinhas em preces que aquele momento jamais se apagasse, que ele lembraria de tudo aquilo de cada sensação de cada detalhe que aquilo estava lhe proporcionando. Mas algo o fez estranhar ao olhar para todos ali ele não encontrou Joshua. ㅡ Muito obrigado a todos. ㅡ Ele se despediu e saiu, estranhando o motivo que Josh teria de está em outro lugar. ㅡ Onde está meu marido? Ele indagou assim que viu um membro da equipe, ele era o mesmo rapaz que tinha ido chamar a Josh e que levou o homem a sala que a mulher estava. ㅡ Ele está atendendo a uma moça, não sei quem é ela. Ela ap
Os olhinhos de Kaio eram uma festa à parte, pois o brilho não era uma coisa tão normal de se ver. A cada palavra, a cada gesto explicativo ele exibia um brilho único em seus olhos, assim deixando muito mais emocionante, sabia que através da transmissão pelo youtube sua família estava assistindo de casa, e tudo ali tinha valido seu esforço, sabia que tudo que passou era por algo e esta apresentação era uma delas o resto que estaria por vir era algo distante. E até sua intuição que lhe listava algo tinha desaparecido, nada fazia tão sentido quanto aquele momento mágico. Até Yuki estava orgulhoso do seu neto, e da sua equipe que tinha preparado algo tão grandioso. Quando imaginou uma apresentação tão grandiosa, pensou que estava gastando a toa, contudo agora depois de ter visto com seus próprios olhos, e seus amigos de longa data lhe parabenizando, tinha mudado de ideia. Tudo foi pago pelo esforço que dava para ver em cada detalhe, desde a iluminação em específicos lugares, como em Ka
A sexta feira chegou em um pulo. Passou tão rápido que os dias pareciam horas, talvez até minutos. E com isso a responsabilidade de Kaio crescia ainda mais, também seu nervosismo, ele iria discursar e apresentar para algumas centenas de pessoas, entre elas os acionistas, os convidados de Yuki Nakamoto, o próprio Yuki estava sentado na primeira fila em frente ao palco, alguns da imprensas convidados para televisionar, colocar em suas revistas o anúncio da mais nova linha de alimentícios da Nakamoto Corporation. Alguns vieram só pela informação de que seria o marido do CEO que iria apresentar toda a informação. E talvez por isso o coração de Kaio se encontrava em um turbilhão. Todavia ele tinha a certeza de que tinha feito tudo certo, tinha conseguido toda a informação correta, estava tudo conforme planejado. Suas horas em claro, iria resultar em uma belíssima apresentação ele dizia a si mesmo, dizia em seu coração com alto e bom som. Estava apenas aguardando na parte posterior do e
Último capítulo