Capítulo Noventa e Um — Romeu acordou...
O quarto do hospital estava em silêncio. Romeu respirava com ajuda de aparelhos. O corpo ainda imóvel. Mas os sinais vitais estavam estáveis.
Simon o visitava todos os dias. Noah também fazia isso sempre que podia. Às vezes, sentia-se culpado pelo que aconteceu com ele. Linda havia enviado flores. E Mariana cuidava dos boletins médicos e da segurança.
O ataque havia acontecido meses antes, no estacionamento da Benson & Co. Romeu saía de uma reunião quando foi abordado por dois homens encapuzados. A pancada na cabeça foi precisa e violenta. Passou por duas cirurgias delicadas e ainda estava em coma.
A polícia investigava. Mas sem pistas concretas até aquele momento. Nós tínhamos suspeitas, mas sem provas concretas, não foi possível avançar. Até que Mariana recebeu uma denúncia anônima. Um ex-funcionário da segurança interna da Benson & Co. Que nos enviou documentos, e-mails e gravações.
— Foi Charles Benson — disse o homem. — Ele mandou silenciar o Romeu. Achava que ele uma ameaça