O prédio era simples. Três andares, fachada neutra, janelas largas. Mas por dentro, tudo pulsava. Cada parede carregava um significado, cada espaço tinha um propósito. A primeira unidade internacional do projeto Essência e Liberdade havia sido inaugurada em Lisboa. Não por acaso: Portugal era ponte entre continentes, entre histórias, entre línguas. Um lugar onde passado e futuro se encontrava.
Simon caminhava pelos corredores com os olhos atentos. Cada sala tinha um nome: Escuta, Acolhimento, Recomeço. Nada foi escolhido ao acaso. Cada palavra representava um passo na jornada de quem chegava ali. Ele lembrava das conversas intermináveis com Noah sobre como seria esse espaço. Queriam que fosse mais que um prédio. Queriam que fosse um abraço.
Noah vinha logo atrás, conversando com os voluntários que organizavam os últimos detalhes da coletiva. A imprensa estava do lado de fora, ansiosa. Era um marco histórico para o projeto — e para eles.
— Está tudo pronto — disse Mariana, entregando