O tribunal estava lotado. Havia jornalistas, ativistas, advogados e muitos curiosos. Mas o que se julgava ali não era apenas um crime. Era um legado construído sob o preconceito e a arrogância.
Charles Benson, ex-presidente da Benson & Co., estava sentado diante do juiz. Cabeça baixa, olhando para o chão. O rosto envelhecido, ninguém estava ali por ele. Não havia nenhum aliado.
Romeu entrou na sala em cadeira de rodas. Simon e Noah o acompanharam. Linda Benson estava presente, mas não como testemunha. Sentou-se discretamente na última fileira, estava ali apenas como uma mãe apoiando um filho.
O promotor iniciou a sessão.
— O réu é acusado de tentativa de homicídio, formação de quadrilha e obstrução de justiça. A vítima, Sr. Romeu Santana, sofreu um ataque brutal no estacionamento da Benson & Co. E as provas indicam que o mandante foi Charles Benson.
Romeu prestou depoimento em tudo o que foi dito. Estava firme e esperançoso de a justiça seria feita.
— Eu fui atacado por tentar p