Noah acordou com o corpo cansado e a alma em ruínas.
A noite havia sido longa, povoada por sonhos confusos e lembranças dolorosas. Simon surgia em flashes: ora sorrindo, ora partindo, ora olhando para ele com a mesma intensidade de antes. E, em todos os sonhos, havia uma constante — a ausência de respostas.
Levantou-se devagar, ignorando o celular que vibrava com notificações da empresa. Caminhou até a cozinha, onde Noely já estava, preparando café com movimentos mecânicos. Ela parecia tranquila, mas havia algo diferente em seu olhar: uma suavidade ensaiada, como se tivesse ensaiado cada gesto antes de ele acordar.
— Dormiu bem? — perguntou ela, sem olhar diretamente para ele.
— Não — respondeu Noah, sincero. — Sonhei com Simon.
Noely assentiu, como quem já esperava por isso.
— É natural. Depois de tudo... é claro que ele voltaria à sua mente.
Noah se sentou à mesa, observando-a com atenção.
— Eu pensei em escrever pra ele. Em mandar uma mensagem.
Ela parou por um segundo, dep