Benjamin é um jovem roqueiro de vinte anos que leva uma vida despreocupada, entre ensaios de banda e noites regadas a música e adrenalina. Mas tudo muda muito quando ele se torna alvo de uma criatura sanguinária sob o luar. Sobrevivendo por pouco ao ataque, ele percebe que algo dentro de si é diferente — seus sentidos se aguçam, seus instintos ficam mais selvagens e uma força desconhecida começa a pulsar em suas veias. Em meio ao caos, Benjamin conhece Logan White, um homem misterioso que desperta nele sentimentos intensos e incontroláveis. O romance entre eles é arrebatador, mas a ameaça sombria que paira sobre a cidade se torna um obstáculo perigoso. A fera que assombra as noites escuras não é apenas um monstro qualquer — ela carrega uma maldição antiga e impiedosa que entrelaça o destino de Benjamin e Logan de uma forma que eles jamais imaginaram. Agora, enquanto tenta entender sua própria transformação e proteger aqueles que ama, Benjamin se vê diante de um dilema cruel: aceitar o monstro dentro de si ou encontrar uma maneira de quebrar a maldição antes que seja tarde demais. Entre amor e terror, desejo e destruição, ele precisará fazer escolhas impossíveis. Mas será que seu vínculo com Logan será forte o suficiente para resistir ao chamado da lua?
Leer másBenjamin corria como nunca feito antes em sua vida. Sua cabeça girou mais uma vez para trás a procura de algo que não estava mais ali. Apoiando as mãos em seus joelhos ele tentava regularizar sua a respiração, enquanto ainda permanecia atento à sua volta. " Por que diabos eu não ouvi a vovó?" Ele pensou enquanto erguia o corpo já com a respiração quase normalizada.
Do nada o silêncio que dominava aquele estacionamento vazio do supermercado da cidade acabou, ele podia ouvir novamente aquele grunhido as suas costas. Ben não tinha mais forças para correr, suas pernas tremiam igual duas varas bambas, só restava para ele torcer para sobreviver. Lentamente Benjamin se virou ficando cara a cara com a fera. Um bicho enorme e peludo, seus dentes amarelos e afiados, aqueles olhos avermelhados sombrios e aquelas garras medonhas, seus olhos fixaram naquelas garras enormes que se fecharam em seus braços. Benjamin subiu seu olhar novamente para aqueles olhos vermelhos que o encaravam, precisava tentar pedir por misericórdia ou torcer para que sua morte ao menos não fosse lenta, mas ao olhar para aqueles olhos Benjamin notou algo diferente, era algo como um pedido de socorro. Aquele lobisomem não queria matá-lo? Ele estava pedindo ajuda?? O lobisomem aproximou ainda mais sua cara grande do rosto de Benjamin que pôde sentir aquele terrível bafo podre em suas narinas, algo que lhe causou uma forte ânsia, da qual fez o bicho o soltar e correr para longe, deixando Benjamin totalmente chocado e confuso com essa estranha experiência.Ele viu o monstro sumir por entre as árvores e um uivo alto ecoou ao longe, causando arrepios em Ben, que respirou aliviado por ainda estar vivo.
— Puta merda, que diabos foi isso? Ele passou as mãos nos próprios braços querendo conter o arrepio que estava por seu corpo. Após uns segundos tentando colocar a mente no lugar, Benjamin agora de fôlego recuperado correu pela rua em direção à casa de seus avós. Assim que entrou pela porta sua avó veio ao seu encontro, seus cabelos brancos bagunçados e com as mãos a senhorinha segurava seu hobby de seda, o mantendo fechado em seu corpo. — Pelo amor de Deus Benjamin Smith, por onde se meteu uma hora dessas? Não é seguro lá fora, temos um louco psicopata à solta na rua. — Desculpe vovó, eu não quis preocupá-la. — Benjamin respondeu ainda sentindo seu corpo tremer involuntariamente de nervoso. — E não é um louco, eu o vi, pode parecer loucura o que eu vou dizer, mas era um lobisomem. Grace levou as mãos na boca chocada com as palavras de seu neto, ela já havia escutado relatos de que o que andava matando pessoas pela cidade era um animal, devido ao fato de como os corpos eram encontrados, mas agora um lobisomem? Isso era demais. — Ora menino, não seja tolo, lobisomens não existem, são apenas lendas. Andou bebendo, não é? Bem que sua mãe me disse que você anda inventando coisas por aí. Benjamin olhou incrédulo para sua avó, mais uma vez estava sendo taxado de mentiroso apenas porque bebeu algumas cervejas, mas nada a ponto de não saber o que viu, isso, ele sabia muito bem, podiam não acreditar nele, mas ele tinha plena certeza de que aquele bicho que agarrou seus braços com aquelas patas frias era um lobisomem, mas de que ia adiantar discutir com sua avó? Apenas ia chamá-lo de bêbado. Ben respirou fundo e balançou a cabeça chateado. — É vovó, eu devo estar mesmo bêbado, não é? Então eu vou dormir. Amanhã falamos. Benjamin sobe as escadas frustrado, indo para seu quarto, o mesmo quarto que um dia foi de sua mãe. Ele fechou a porta e olhou em volta, odiava ficar ali, aqueles montes de coisinhas rosas e delicadas no quarto era sufocante, o que salvava daquele quarto eram os posteres de astros do rock sem camisa, vestindo apenas uma jaqueta de couro que os deixavam com um ar extremamente sexy. Benjamin era gay assumido desde os treze anos, sofreu muito com o preconceito na escola quando se assumiu, mas agora com vinte anos, não permitia que ninguém o tratasse mal, ele se tornou um homem de personalidade forte e decidido do que queria para sua vida, que era se tornar um grande astro de Rock. Cansado Ben tirou a roupa ficando apenas de cueca boxer, do jeito que gostava e se jogou na cama, puxando sobre seu corpo a coberta lilás de sua mãe, mas Ben infelizmente não tinha sono no momento, mesmo as três da madrugada, ele agora só conseguia pensar naquele lobisomem, naqueles dentes afiados e naqueles olhos, algo naqueles olhos o intrigaram, ele sentia que a fera precisava de ajuda, mas como ajudar um lobisomem e que tipo de ajuda ele queria? O fato era que ele precisava descobrir, havia tomado essa decisão para si, e quem sabe ajudando a fera, a cidade não voltaria a sua normalidade, acabando com o maldito toque de recolher e voltando a funcionar os bares noturnos de que ele tanto gostava.Como previsto, Benjamin ganhou alta em 48 horas, mas precisava manter repouso, para sua recuperação completa.Eles foram para a casa de seu avô, que foi ficou o caminho todo falando sobre a confusão na cidade, pois ainda estavam na caçada do Logan, mas este havia fugido para a cidade dos grandes, como ele costumava dizer.Benjamin ficou em silencio o caminho todo, ele já havia percebido que não era nada viável perguntar ou falar sobre seu namorado para eles e ele entendia e respeitava, afinal, apenas ele via Logan como ele realmente era e entendia que tudo aquilo no fundo, não era culpa dele.Já deitado, ele viu seu celular sobre a mesinha ao lado da cama de colcha rosa, daquele mesmo quarto que um dia fora de sua mãe, ele estendeu o braço, pegando o aparelho e discando o número de Logan.— Alô? Benjamin? É você? — A voz de Logan soou apressada e grave, fazendo Benjamin sorrir, aliviado em saber que Logan estava aparentemente bem.— Oi, Sou eu. Você está bem? Nosso plano funcionou, nã
Tudo parecia silencioso demais, até que vozes foram ouvidas bem ao longe, soando baixas, mas notava-se agressividade.— Já disse que quero você longe dele e da nossa família!— Margareth, me ouça, eu...— Não tenho nada para ouvir senhor White, por favor saia, ou vai deixá-lo agitado.Um silêncio predominou e a escuridão voltou, apenas por um curto tempo, pelo menos era que o Benjamin pensava.— Calma filha, ele vai acordar, não ouviu o que o médico disse mais cedo, amanhã vão tirá-lo dos sedativos.A escuridão volta e um raio de luz o incomoda, Benjamin estava sendo examinado mais uma vez naquele dia, o médico mirava a pequena lanterna em seus olhos, um de cada vez, para que pudesse ver seus reflexos. Benjamin, ainda não conseguia reclamar, dizer o quanto aquilo estava incomodando, não que ele não estivesse tentando, mas era impossível, por mais que lutasse para pedir para ele parar, ele agora estava mirando aquela luz no seu olho esquerdo.Finalmente a paz, ou seria apenas impressão
Benjamin ainda sentia o peso da pata da fera apertar seu peito, o que já dificultava sua respiração. Logo o peso foi saindo, pois a fera que olhava em seus olhos, tinha a intenção de assim como nas outras vezes, de sair correndo dali.Porém Benjamin não podia permitir, ele e Logan deduziram que a fera fugia, pois sentia suas forças diminuírem com aquele olhar, a fera sentia que aquilo poderia ser o seu fim, por isso se afastava. Então Benjamim agarrou firmemente aqueles pelos macios, fazendo força para segurá-lo e mantê-lo ali, mesmo que estivesse com uma dor insuportável em sua mãe direita, causada pelo espelho.Ben continuava com o contato visual e o lobisomem sentia suas forças se esvaindo, mas não conseguia desviar seus olhos vermelhos daqueles belos olhos âmbar. Era como se um imã puxasse seu olhar naquela direção. Por mais que ele lutasse para desviar, parecia impossível.Com isso a fera começou a sentir muita dor, sua pata que ainda permanecia sobre o peito de Benjamin, voltou
Na cidade, tudo estava um completo caos. Margareth havia conseguido levar seu pai para casa, após pedir ajuda a Vicent, o xerife, que pediu a dois de seus policiais que o levassem nem que fosse a força.Irritado, Tom aceitou ir para casa, mas não deixou de dizer a seu melhor amigo, o quanto estava furioso por estar ficando de fora de tudo aquilo, após o ajudar com toda a investigação.O xerife bateu novamente em sua mesa, furioso com tudo o que estava acontecendo, alguns homens que já estavam o visitando quase que diariamente, pedindo uma solução para aquelas mortes na cidade, invadiram sua casa e encontrarão em seu porão, o seu quadro de investigação do caso, um totalmente diferente do que havia em sua sala na delegacia.Como Margareth estava fazendo companhia para Tom e com a morte de Grace, ele não quis incomodar seu amigo com aquilo. Vicent passou noite atrás de noite acordado, juntando cada peça daquele quebra cabeça, que o levou a dois suspeitos, do qual ele observou a distância
A fera permanecia mostrando sua raiva, quebrando uma a uma daquelas correntes grossas de aço.— Droga, as correntes não funcionaram, ele é mais forte do que pensamos. — Benjamin olhou para os lados, pensando em alguma forma de fazer o lobisomem para com aquilo.Ele viu a porta do banheiro e se lembrou do espelho, correndo até o cômodo e com a ajuda de uma vassoura que havia ali, ele quebrou o espelho na parede, socando-o com o cabo da vassoura e pegando um dos grandes estilhaços que caiu no chão.Ele voltou correndo para a grade e se assustou quando a fera bateu o corpo contra aquele portão de aço. Ela já havia se soltado, quebrando as correntes e agora estava decidido a arrebentar aquela grade. Benjamin sabia que não devia estar ali, ele devia aguardar lá embaixo, não notou que estando ali, estava instigando ainda mais a fera para tentar sair, em busca de sua presa, que era nada mais nada menos que ele.Sem pensar em mais nada, ele ergueu o espelho na direção do grande bicho peludo,
Logan parou o carro em frente a velha casa e ambos saíram do carro, levando as coisas para dentro da casa. Benjamin tinha visto a casa apenas por fotos, enviadas por Logan, que estava indo para lá diariamente para deixar tudo pronto e devidamente seguro para Benjamin.Ao entrar, Benjamin olhou em volta, vendo que tudo ali parecia bem diferente das fotos, estava limpo, arrumado e com alguns móveis.— Uau, você fez tudo isso?— Sim, afinal, quero que descanse antes do anoitecer.Benjamin largou as bolsas no sofá e Logan fez o mesmo, enquanto Ben se aproximava e tomava seus lábios de forma sedenta. Ele apertou Benjamin em seus braços e o ergueu, fazendo ele entrelaçar as pernas em volta de seu corpo.— Assim não vou te deixar descansar Ben. — Logan indagou entre os beijos quentes entre eles.Benjamin sorriu e voltou a beijá-lo, falando assim como Logan nos intervalos daquele beijo gostoso e cheio de paixão.— Quem disse que eu quero descansar? Eu quero você, aqui e agora.Não precisava d
Último capítulo