Knox deu a volta no carro e pegou minha mão. A palma dele estava quente e firme. A minha, nem tanto. Mesmo assim, deixei ele segurar.
— Quero te mostrar um pouco da minha vida passada. — Disse ele.
Então ele me puxou pra frente, nos guiando em direção ao prédio escuro. Lá fora, tudo era silêncio, silêncio demais, e cada passo fazia o cascalho estalar sob nossos sapatos. Meu coração batia mais forte a cada som.
Quando chegamos à porta, Knox levantou a mão e bateu. Um segundo depois, uma portinhola de metal se abriu por dentro. Alguém olhou pelos olhos estreitos.
— Boa noite, Storm. — Disse uma voz grave. — Não esperava te ver hoje.
— Vim apresentar minha namorada. — Knox respondeu.
— Bela escolha a sua.
— Ela é mesmo.
Senti como se estivesse sendo leiloada.
A porta rangeu ao abrir. Um segurança se afastou para nos deixar passar.
— Vou avisar e já preparar o camarote de vocês. — Comentou ele, enquanto Knox me conduzia por um corredor estreito, cheirando a suor, ferrugem e cimento velho.