Eu não sorri.

Nem conseguia me forçar a isso.

Nada teria me agradado mais do que ver Delilah encurralada daquele jeito. Mas, quando pensei nas implicações da fala de Hunter, meu estômago revirou como se o almoço tivesse perdido o rumo. Eu nunca contara a ele... "Como era possível que eu nunca tivesse contado?"

Atravessei o saguão do hotel sem dizer uma palavra.

Hunter falou algo atrás de mim, mas continuei andando. Não queria vê-lo, muito menos encarar Delilah, embora sentisse o olhar dela queimando entre as minhas omoplatas... Provavelmente se perguntava quando eu planejava atacar.

"Isso não era sobre você, Delilah. Relaxa."

Assim que saímos, cruzei até onde meu carro estava estacionado na calçada, abri a porta do motorista, entrei e virei o suficiente para lançar um olhar cortante por cima do ombro.

— Vamos, pombinhos. — Falei, com a voz neutra.

Eles se acomodaram, com os dois deslizando para o banco de trás. Enquanto Hunter ajeitava o casaco, os olhos de Delilah encontraram os meus