— É claro que é nele que eu tenho que pensar. — Murmurei, mais para mim mesma do que para Knox. — Qualquer pessoa normal faria isso.
Ajeitei os óculos apressadamente, já que a armação havia ficado torta depois do nosso encontro insano, alucinante e irresponsável. Meus dedos tremiam ao empurrar as lentes pela ponte do nariz. Eu estava dolorosamente ciente do rímel escorrendo pelas bochechas, pintando em mim o retrato perfeito do caos pós-sexo. Passei as mãos pelos cabelos, tentando domar os fios rebeldes, e alisei o vestido o melhor que pude.
No reflexo do espelho, vi Knox me observando. Sua expressão era ilegível. Os olhos escuros acompanhavam cada movimento meu, e mesmo tentando não encará-lo diretamente, eu sentia o calor de seu olhar queimando sobre mim.
— Sua clareza pós-gozo é irritante. — Disse ele. — Estou me sentindo usado agora, gatinha.
— Então está melhor que eu. Eu me sinto estúpida.
Me virei para finalmente encará-lo, e os olhos dele focaram em mim.
— Porque transou comigo