Gisele virou-se rapidamente e encarou o homem que havia aparecido silenciosamente atrás dela.
— Tio, o que você está fazendo aqui?
Jacó olhou para os olhos vermelhos dela, claramente inchados de tanto chorar, e perguntou com a voz baixa e firme:
— Quem te machucou?
— Ninguém. Foi só um cisco que entrou no meu olho. — Respondeu Gisele, apressada, tentando explicar.
Ela levantou a mão para limpar as lágrimas, mas acabou puxando o machucado no braço. A dor repentina a fez prender a respiração.
Nanda havia apertado intencionalmente o local do curativo mais cedo, reabrindo o ferimento.
De repente, uma mão apareceu diante dela segurando um lenço de papel. Jacó já estava bem próximo, encarando-a de frente enquanto limpava suavemente as lágrimas do rosto dela.
O coração de Gisele deu um salto, e seu corpo ficou tenso. A proximidade entre os dois era desconfortável. Ela podia sentir o leve perfume amadeirado que emanava dele, e o simples ato de limpar suas lágrimas parecia íntimo demais.
— Tio,