Um disfarce e uma farsa...
Dilan Ricci
Saí do quarto com o peito apertado, sentindo cada batida do coração ecoar dentro da minha cabeça.
O som abafado dos meus passos pelo corredor parecia alto demais. O silêncio lá fora, o contraste com a tensão do quarto estava me enlouquecendo.
Passei pela sala, ignorei a luz suave das luminárias e segui direto para o jardim. Precisava de ar. Precisava respirar longe daquela mulher.
Me sentei próximo a piscina, olhando o reflexo distorcido das luzes na água. Meu rosto parecia outro, irreconhecível. Um homem dividido. Um covarde que não conseguia revelar a própria mãe que era o seu filho que ela acreditava estar morto, preso em uma teia obscura entre saber a verdade do acidente do meu irmão e a mentira de fingir ser ele.
Eu apertei os olhos, massageando a minha testa.
Droga, eu estava totalmente aprisionado a uma vida que não era minha.
Ouvi passos leves atrás de mim. Nem precisei virar para saber quem era.
Emilly. Minha assistente.Ou melhor, assistente do Diogo, sem