A verdade é que não posso fazê-la feliz...
Dimitri Carter
A manhã mal havia começado e eu já estava na porta do consultório do Tomas Clifford. O céu estava acinzentado através da janela, eu segurava um copo de café amargo, o meu estômago era a única coisa que me lembrava de que eu ainda estava vivo, ou tentando estar.
Entrei sem pedir permissão, ignorando a secretária que me pediu para esperar. A porta do consultório estava entreaberta.
Tomas entra e sem me notar ele logo senta à mesa, analisando exames. Levantou os olhos e, quando me viu, sua expressão endureceu.
— Você tem coragem, eu admito — ele disse, cruzando os braços. — O que veio fazer aqui, Carter?
Fechei a porta atrás de mim e caminhei até a cadeira à sua frente. Não me sentei.
— Por quanto tempo você vai esconder dela? — perguntei, direto. — Por quanto tempo vai fingir que ainda tem tempo?
Ele largou a caneta e se levantou devagar, o maxilar trincado.
— Isso não é da sua conta. Eu não te devo satisfações.
— Não! — concordei, com calma. — Mas ela merec