A manhã da reunião com Aris Thorne nasceu com uma clareza cristalina, um silêncio no ar que parecia prender a respiração. Isabella não escolheu uma armadura de poder óbvio. Nada de vestidos vermelhos ou cinzentos impiedosos. Em vez disso, optou por umas calças de alfaiataria largas, de caxemira creme, uma blusa de gola alta preta e um blazer a condizer. Era a indumentária de uma academica, de uma intelectual. Uma roupa que não dizia "eu comando", mas sim "eu compreendo".
O local que ela escolheu não foi um escritório ou um restaurante, mas a biblioteca privada de uma fundação de artes, um santuário de livros raros e silêncio reverente. Um lugar onde as ideias eram a única moeda de valor.
Quando Aris Thorne chegou, a sua habitual expressão de desconforto em ambientes corporativos foi substituída por uma curiosidade genuína. Ele olhou para as paredes forradas de livros com um respeito quase infantil. — Um local de encontro interessante, Senhora Clark — disse ele.
— Eu presumi que o senh