O som da respiração calma de Pedro era uma tortura para Isabella. Cada segundo de paz que ele tinha era um segundo que ela sabia estar a esgotar-se. Ela ficou ali parada, o telemóvel secreto na mão, o ecrã a brilhar com a traição de Thorne. O instinto dela, a lealdade que sentia por Pedro, gritava para que ela o acordasse, para lhe mostrar o perigo.
Mas a estratega dentro dela, a rainha forjada no fogo, assumiu o controlo. Acordá-lo com pânico seria uma reação, não uma ação. E eles não podiam mais dar-se ao luxo de reagir. Precisavam de estar um passo à frente.
Silenciosamente, ela levou o telemóvel para a secretária no canto da sala e começou a trabalhar. A mente dela, clara e fria após a rendição da noite anterior, disparou. Lúcia agora sabia que havia uma ameaça. A primeira coisa que ela faria seria tentar identificar a fonte. Procuraria por toupeiras, por executivos descontentes. O plano original de contratar Thorne estava morto. Mas a jogada dele abriu uma nova porta.
Ele não era