Sophia ficou ali, parada, imóvel, ouvindo a porta se fechar com um clique abafado. Estava novamente sozinha, mas agora ainda mais confusa.
Ela olhou para a caixa na cama. O presente, o novo símbolo de posse e sentiu o peso das palavras da ruiva em cada batida do coração.
“Não se apaixone.” “Eu sou você amanhã”
Mas será que ela ainda conseguia evitar? Ou o estrago… já estava feito?
O quarto estava em silêncio novamente, mas não era o mesmo de antes. A presença da mulher ruiva, sua voz, suas palavras, tudo pairava no ar como um perfume doce e venenoso. Sophia se aproximou da cama com passos lentos, o roupão ainda amarrado ao corpo, a pele fria apesar da tensão que percorria cada centímetro seu.
Engoliu seco. Sentia todo o corpo tremer, não sabia se era pelo frio da manhã, ou pelo calor sufocante do que sentia dentro do peito.
“Ele vai te quebrar.”
A frase repetia-se como um mantra venenoso em sua mente.
Mas… será que ela já não estava quebrada?
Com dedos hesitantes, Sophia abriu a cai