Sophia ficou alguns segundos em silêncio, alisando delicadamente os fios escuros da irmã adormecida em seu colo. Hanna tinha os traços calmos, a respiração ritmada. Inocente demais para imaginar o tipo de escolha que a irmã havia feito por ela.
Amélia estava sentada ao lado, e mesmo sem pressionar, Sophia sentia o peso do olhar atento da amiga. Aquilo que carregava no peito estava à beira de transbordar fazia dias, e agora… não dava mais para esconder.
— Eu aceitei, Amélia. — disse, enfim, num sussurro. — aceitei a proposta de Giovanni.
Amélia demorou um segundo para reagir. Seu corpo se enrijeceu, e os olhos, antes apenas curiosos, agora estavam tomados por uma mistura de surpresa e incredulidade.
— Você… — ela começou, mas a voz lhe falhou e engolindo seco, continuou: — Você se entregou a ele? Como… submissa?
Sophia assentiu devagar, com um movimento quase imperceptível.
— Sim.
Amélia a encarou, o choque se transformando rapidamente em algo mais intenso. Ela se ajeitou no sofá, sem