A cadeira era confortável, mas a vulnerabilidade que ela provocava em Sophia era incômoda e intensa. A madeira fria contra sua pele exposta contrastava com o calor que se acumulava sob a superfície do seu corpo. Suas mãos repousavam no colo, tensas, enquanto os olhos fixavam-se em Giovanni, que agora caminhava até uma prateleira discreta ao lado da lareira.
Quando ele se virou novamente, algo em sua postura fez o estômago de Sophia se contrair. Giovanni segurava fitas e cordas negras de seda, o tecido macio brilhando sob a luz morna do ambiente. Seus olhos estavam escuros, famintos.
— Sente-se bem, nena? — ele perguntou, com a voz baixa, carregada de intenção.
Sophia assentiu, mas o gesto foi pequeno, quase imperceptível. Giovanni se aproximou com a lentidão de um predador.
— Relaxe. Hoje, vou apenas dar um vislumbre do que se entregar para mim.
A voz dele a envolveu como um toque invisível. Ela abriu a boca para responder, mas a respiração vacilante só permitiu que um sopro escapass