Fazia dias que Sophia tentava falar com Giovanni. Dias em que suas ligações eram ignoradas e suas mensagens retornavam com respostas vagas e impessoais enviadas por algum assistente desconhecido. A cada tentativa frustrada, a irritação crescia como um incêndio dentro dela, queimando cada pedaço de sua paciência.
Giovanni estava se escondendo. Era isso o que ela pensava. Era como se ele estivesse brincando com ela, se divertindo ao vê-la se desesperar na tentativa de entrar em contato.
Naquela manhã, depois de receber mais uma resposta automatizada da secretária dele, Sophia perdeu a calma. Seus dedos apertaram o telefone com tanta força que quase o arremessou contra a parede.
Não.
Ela não ia permitir que ele a ignorasse.
O trabalho se arrastou como um tormento, cada minuto se arrastando como se o próprio tempo estivesse zombando de sua frustração. Quando o relógio finalmente marcou o fim do expediente, Sophia pegou sua bolsa com movimentos bruscos e saiu sem se despedir de ninguém.
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