O dia da cirurgia de Hanna chegou como uma tempestade implacável, devastando o coração de Sophia com uma brutalidade que ela jamais imaginara suportar. A angústia dilacerava sua alma, deixando-a em pedaços enquanto caminhava de um lado para o outro pelos corredores assépticos e frios do hospital. Cada segundo era uma tortura sem fim, uma eternidade que se arrastava em sua dor silenciosa.
Blanca, ao seu lado, não conseguia parar de murmurar preces, o terço apertado com tanta força entre os dedos que seus nós ficaram esbranquiçados. Os olhos inchados e avermelhados denunciavam o desespero que corroía suas entranhas.
— Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte… — sussurrava repetidamente, como se aquelas palavras fossem a última esperança de proteger a filha.
A visão da mãe tão desolada fazia Sophia se sentir sufocada, presa em um mar de emoções que a afogavam. Queria abraçar Blanca, garantir que tudo ficaria bem, mas como poderia mentir quando seu