O sol atravessava os vitrais do saguão principal da universidade, lançando manchas douradas sobre o chão de mármore e os ombros dos estudantes que caminhavam apressados de uma aula para outra. Era início de tarde, e o campus estava em seu horário mais movimentado.
Sophia caminhava entre os grupos, os livros presos contra o peito, o cabelo solto dançando com o vento. Usava uma blusa branca simples, uma calça jeans de cintura alta e tênis confortáveis. Não era sua intenção chamar atenção, mas como sempre acontecia, ela chamava. De maneira sutil, quase involuntária. Seu andar calmo, o olhar concentrado, os traços suaves, havia algo em Sophia que parecia desacelerar o mundo ao redor.
— Atenção, atenção! — sussurrou Juliana teatralmente. — Alvo avistado às três horas.
— Rodrigo, o engenheiro bonitão? — perguntou Clara, já rindo.
— Ele mesmo — respondeu Juliana, sem disfarçar o entusiasmo. — Sempre à espreita. Aposto que já sabe até o número do seu fichário.
Sophia revirou os olhos com um