A porta de vidro da pequena cafeteria no centro de Nova York se abriu com o suave tilintar do sino pendurado no topo. A manhã estava fresca, e o aroma de café moído preenchia o ar como um abraço silencioso.
Sophia deu o primeiro passo para dentro com o coração ainda pesado, mas algo naquela atmosfera familiar, o calor do ambiente, os sons de risos ao fundo, o cheiro de pão fresco e chantilly, a fez respirar mais fundo.
Assim que entrou, ouviu:
— OLHA QUEM CHEGOU! — gritou Pietro, o atendente mais espalhafatoso da casa, batendo palmas como se ela fosse uma celebridade.
— Sophiiiiiiia! — exclamou Marta, saindo de trás do balcão com o avental manchado de chocolate. — Achei que você ia nos abandonar pra sempre!
Antes que ela pudesse reagir, foi envolvida em um abraço coletivo. Pietro a agarrou de um lado, Marta do outro, e logo mais dois colegas de trabalho surgiram, fazendo algazarra.
— Vocês vão me derrubar! — disse Sophia, entre risos abafados.
Mas o riso escapou como um alívio. A dor