O silêncio era insuportável.
A cobertura, que antes ressoava com os passos determinados de Giovanni, agora era apenas um túmulo de mármore e sombras. Ele ainda estava de joelhos no chão do quarto de prazer, com a respiração falha, o olhar perdido entre as tábuas do assoalho. A pele ainda carregava o cheiro de Sophia. As unhas, as marcas dela. A alma, o gosto amargo do que havia feito.
Ele não sabia quanto tempo havia passado desde que ela saiu.
Minutos? Horas?
Não importava. Nada importava. Porque ela havia partido. E ele… ele a empurrou.
— Maldita. — sussurrou, com os dentes cerrados. — Por que foi me amar?
Mas a pergunta não era para ela.
Era para si mesmo.
Giovanni se levantou com esforço. O corpo doía, mas não era físico. Era como se cada célula gritasse a ausência dela. Como se o vazio deixado por Sophia tivesse cavado um buraco no peito que nada seria capaz de preencher.
Foi até o closet, vestiu o primeiro terno escuro que encontrou. Nada de gravata. Apenas uma camisa aberta no