O sol de outono ainda dourava os telhados do centro de Boston quando o telefone de Sophia vibrou sobre a bancada de mármore da cozinha. O som reverberou pela casa silenciosa, e ela saiu do quarto com passos lentos, os pés descalços sobre o chão frio de madeira.
Vestia apenas uma camiseta branca de Giovanni, muito larga, quase um vestido, o tecido macio ainda impregnado com o cheiro amadeirado dele. Os cabelos úmidos e soltos denunciavam o banho recente, e seu rosto exibia aquele brilho sereno de quem dormira nos braços do homem que amava.
Ela pegou o celular e sorriu ao ver o nome piscando na tela com insistência:
Antonella.
— Que milagre é esse, madame Antonella? — atendeu, jogando-se no so