Apartamento de Giovanni
O som da porta sendo trancada reverberou pelo apartamento como um selo. Um aviso, um rito silencioso que selava o destino de Sophia naquela noite. Ela engoliu em seco, os olhos presos nas costas largas do homem que acabara de fechar a porta atrás deles. Giovanni, seu mestre, sua perdição o homem que amava.
Ele não disse uma única palavra.
As chaves caíram sobre a bancada com um estalo metálico, seguido por um silêncio quase palpável. O ar parecia denso, carregado por algo invisível. O peso da expectativa, da tensão, do castigo iminente.
Sophia deu um passo hesitante, mas não teve tempo de completar o movimento. Giovanni virou-se como uma tempestade, os olhos azuis completamente obscurecidos pela sombra do ciúmes. Um instante depois, ela já estava em seus braços, ou melhor, em seu domínio.
Ele a puxou com brutalidade contida pela cintura, e sua boca colidiu com a dela em um beijo que não era afeição, mas posse. Seu domínio era incisivo, o beijo, violento. A lí