O dia amanheceu envolto em um céu cinzento, como se a cidade estivesse refletindo a ansiedade que pesava no ar. Laura sentia um nó no estômago desde o momento em que acordou. Apollo, mesmo tentando manter a calma, estava mais protetor do que nunca — cada passo de Laura era acompanhado por seu olhar atento.
O Café Aurora abriu mais tarde naquele dia. A polícia havia reforçado a ronda pela região, e um dos agentes, Lucas, foi designado para ficar por perto, disfarçado de cliente. Ainda assim, Laura não conseguia relaxar.
Apollo a abraçou por trás enquanto ela organizava as canecas.
— Vai passar, Laurinha. Ele não vai chegar perto de você.
— Eu só queria minha paz de volta, Apollo. E queria que você estivesse seguro também.
Ele virou seu rosto para encará-la.
— Eu fico seguro quando você está segura.
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Por volta do meio-dia, Laura foi até o depósito buscar mais pacotes de açúcar. O lugar ficava nos fundos do café, uma sala pequena, sem janelas, usada como estoque. Ela deixou a porta ent