O sol da manhã atravessava as cortinas brancas do quarto, trazendo um calor suave que tocava a pele de Laura como um carinho silencioso. Ela estava deitada ao lado de Apollo, os olhos fixos no teto, ouvindo o som do coração dele batendo calmo sob o toque de seus dedos.
Haviam se passado quatro dias desde o sequestro. Quatro dias desde que ela gritou por socorro, desde que achou que não voltaria a ver o mundo do lado de fora. Desde que sentiu o gosto do medo, do pavor mais real — e também a força do amor que a salvou.
Mas, mesmo em casa, mesmo segura, algo dentro dela ainda tremia.
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Apollo acordou devagar e, ao ver Laura acordada, sorriu com ternura.
— Bom dia, Laurinha...
— Não consegui dormir. Fico lembrando de tudo… como se minha mente não desligasse.
— É normal, amor. Vai levar tempo. Mas eu tô aqui. Com você, pra tudo.
Ela se aproximou, se aconchegando mais.
— Você salvou minha vida.
Ele acariciou seus cabelos.
— Você salvou a minha bem antes disso.
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A terapeuta que a polícia