Era uma terça-feira chuvosa quando tudo começou a mudar.
Laura acordou com uma sensação estranha no peito, como se algo estivesse fora do lugar. Tentou afastar o pressentimento tomando um banho demorado, mas nem a água quente conseguiu lavar a inquietação que a envolvia. Olhou o celular. Nada de novo. Ainda assim, havia um vazio estranho, uma ausência de calor que, até então, vinha da rotina com Apollo.
Ela mandou uma mensagem:
> Bom dia, meu bem. Dormiu bem?
Demorou para ele responder, o que não era comum.
> Bom dia, dormi sim. Só um pouco de dor de cabeça hoje. Depois falo com você, tá?
A resposta foi rápida, seca, sem os apelidos carinhosos, sem os corações ou sorrisos que ela se acostumara a receber. Algo estava errado.
Ao longo do dia, Apollo manteve distância. Laura tentou não imaginar coisas, mas seu coração já estava acelerado. As lembranças da conversa com Davi voltavam à sua mente como fantasmas: “Ele vai te machucar de novo…”.
Seria possível?
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No fim da tarde, ela recebeu