A sirene das ambulâncias cortava o ar da noite como gritos desesperados.
Do heliponto, o rádio do hospital estalou com a mensagem urgente:
— Atenção, emergência! Acidente múltiplo na ponte principal da cidade. Vários veículos envolvidos, número alto de vítimas. Preparem-se para atendimento em massa!
A notícia caiu sobre a equipe médica como um raio.
Dentro da sala de emergência, Rafael ergueu o olhar e trocou um rápido, tenso contato visual com Helena. Não havia espaço para as confusões pessoais naquele momento. Apenas instinto.
Apenas sobrevivência.
— Vamos montar três frentes! — Rafael gritou para os chefes de plantão. — Unidade de trauma, ortopedia e cirurgia geral! Cada grupo fica responsável por estabilizar o maior número de pacientes possível.
Helena já estava ao lado dele, pegando os jalecos extras, montando as macas, organizando os medicamentos.
— Clara, organize as fichas! João, preparem o centro cirú