Minha irmã estava noivando.
Daqui a um ano, estaria casada.
Confesso: essa é a parte da máfia que eu nunca consegui aceitar.
Casamentos arranjados, alianças forçadas, promessas vendidas como ouro… deveriam ser banidos.
Mas aqui estávamos, mais uma vez, reforçando uma aliança, selando destinos que ninguém perguntou se realmente queríamos.
O salão brilhava, cheio de convidados que sorriam falsamente, brindes erguidos e sussurros que carregavam segredos e ameaças.
E eu, no meio disso tudo, sentia o peso do inevitável.
Bruno me viu de longe e fez um aceno discreto, quase imperceptível.
Um simples gesto que dizia: tudo sob controle… por enquanto.
Sabia que a noite seria longa.
Cheia de gente sorrindo com dentes afiados, gente em quem não confiava nem por um segundo.
Garantir a segurança da minha família não era apenas necessário. Era essencial.
Uma distração mínima podia custar caro.
Segui direto para o centro do salão.
Meu pai observava tudo, cada convidado, cada movimento, como um gene