O restaurante era discreto, de luzes suaves e ambiente refinado. Eu e Leonardo fomos os primeiros a chegar. As mesas ainda estavam parcialmente vazias, e o som ambiente era baixo, quase como um sussurro distante.
Sentamos perto da janela, de onde se via o movimento contido da rua, filtrado pelas cortinas pesadas. O cheiro do vinho no ar se misturava com o leve aroma de madeira e temperos. Havia algo acolhedor ali e ainda assim, eu me sentia um pouco alerta.
Minutos depois, Mariana entrou.
Ao lado dela, vinha um homem alto, loiro, com ombros largos e expressão indecifrável. Liam.
Tão imponente quanto Leonardo, seu olhar firme varreu o salão antes de pousar em nós. Vestia um blazer cinza escuro bem cortado, e sua presença preenchia o espaço como uma ameaça silenciosa.
Eles se sentaram algumas mesas atrás, uns sete passos de distância. Mariana estava sorridente, leve. Sua postura era tranquila, e ela ria de algo que Liam dizia, não houvia nenhuma tensão em seu corpo.
— Ela não parece des