Alguns dias depois…
O ar de Chicago era diferente.
Não sei explicar exatamente como, mas quando Maira e Mariana me apresentaram à cidade, senti algo que nunca havia experimentado antes.
Por mais que Chicago fosse barulhenta, cheia de buzinas, passos apressados e vozes por todos os lados, havia algo nela que me pareceu… gentil.
Pela primeira vez, senti a correria do dia a dia. Descobri o fascinante prazer de escolher minhas próprias roupas, experimentar sapatos sem medo, observar rostos desconhecidos cruzando por mim — todos diferentes, todos vivos. E, o mais importante, ver sorrisos que pareciam verdadeiros.
Aqui não havia incenso queimando nos cantos escuros de corredores luxuosos. Nem o cheiro sufocante de cigarros caros, álcool adocicado e perfume masculino que impregnava minha pele como uma maldição.
O ar aqui era frio, úmido… mas cheirava a possibilidades.
E eu me agarrei a isso.
Abracei a sensação única de sonhar com um começo, por mais incerto que fosse.
Desafiei a mim mesma a