Piso meus pés em Chicago com Bruno na minha cola.
A tensão é visível em seu rosto, grossa como fumaça de pólvora.
Mas, para ser sincero, não é com o FBI que estou preocupado.
Na minha visão, o pior de todos os problemas não vem de fora.
Vem de dentro.
Sempre vem.
A tal da língua solta.
Esses tipos de problema internos acontecem mais do que deviam.
Sempre é alguém insatisfeito.
Alguém que não aceita a liderança. Que acha que faria melhor, que murmura pelas beiradas…
Mas nunca tem coragem de encarar de frente.
O mais perigoso não é quem trai com a arma.
É quem trai com palavras.
E esse tipo de merda… já aconteceu uma vez.
Ontem, na conversa com Mortana, tive que revisitar alguns assuntos do passado.
Foi um inferno.
O tipo de conversa que deixa o estômago revirado.
Mas é necessária.
Tem coisas que precisam ser desenterradas para proteger quem ainda está vivo.
E nesse caso, proteger meu pai é uma das minhas prioridades.
Estamos em uma sala nos fundos do galpão.
Nem pisei em casa.
Nem sei