Eu estava radiante, ansiosa por uma tarde especial com minha família na casa da minha irmã. Desde a revelação do sexo do nosso bebê, Kai e eu vivemos dias de pura felicidade. Cada momento parece ainda mais precioso, e o simples fato de poder sair de casa sem medo, sem precisar olhar por cima do ombro a cada esquina, já é um alívio imenso.
— Kai, pega a bolsa dela, por favor. — pedi, conferindo se não estávamos esquecendo nada.
— Sim, senhora! A mamãe que manda. — ele respondeu com um sorriso travesso.
Foi quando uma vozinha delicada ecoou pelo quarto:
— Ma-ma.
Meu coração quase parou. Um grito agudo e eufórico escapou dos meus lábios antes que eu conseguisse me controlar. Rubi arregalou os olhinhos assustada, e Kai, rápido como sempre, correu até o berço, pegando-a nos braços.
— Amor! — ele riu, tentando acalmar a bebê. — Você a assustou!
— Você ouviu? Você ouviu?! Meu Deus, Kai, ela me chamou de mamãe!
E então, como se quisesse confirmar, Rubi repetiu:
— Ma-ma.