Um Rio que Flui

CAPÍTULO 26

Depois da tempestade dos sentimentos que havíamos atravessado, eu pensava que agora as coisas finalmente tomariam um rumo tranquilo. Mas percebi que não existe calmaria constante quando se está reconstruindo algo. Seja uma casa, um amor ou a si mesma. O casarão ainda precisava de cuidados. E eu também.

Naquela segunda-feira, o dia começou com uma leve neblina encobrindo o distrito. Os telhados amanheceram com gotas prateadas que escorriam lentamente, como se a madrugada ainda chorasse sobre a paisagem.

A visita técnica do órgão de patrimônio estava marcada para as dez. Eu cheguei no casarão antes das oito. Precisava respirar o espaço sozinha, percorrer cada cômodo com os olhos, tocar as paredes com as palmas abertas. Como se dissesse: "nós estamos prontas".

Miguel chegou pouco depois. Trouxe dois cafés e aquele olhar que já me era tão familiar. O tipo de olhar que observa mais do que julga. E entende sem precisar perguntar.

— Está nervosa? — ele perguntou, me entregando o
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