Eu balancei levemente a cabeça, já sabendo que esse homem não teria nenhuma compaixão nem por uma mulher bonita. Lancei um olhar ao secretário da minha mãe, pedindo sua ajuda.
Por um momento, o corredor do hospital ficou silencioso, restando apenas eu e Rui.
— Diga! O que você quer me perguntar, seja rápido. Meu tempo é precioso, não posso desperdiçá-lo aqui com você.
Assim que ele terminou de falar, virei o rosto e o encarei de lado. Ele, por outro lado, permanecia sentado, firme e calmo.
No passado, eu até sentia um pouco de culpa, pensando se, de alguma forma, eu o tinha magoado sem querer. Afinal, ele já havia mostrado um olhar bastante triste na minha frente.
Mas Bruno disse que Nelson não foi obra dele, então só restava Rui.
Se o Escritório de Advocacia X era uma estratégia comercial dele, não poderia julgar. Porém, o caso de Nelson só poderia ser uma vingança maliciosa.
Falei em um tom suave:
— O que aconteceu com Nelson, foi você quem fez?
Após dois ou três segundos de silêncio