A cirurgia durou um dia e uma noite.
O estado de Sofia havia se estabilizado temporariamente, mas se ela acordaria ou não ainda era uma incógnita.
A expressão dos médicos não era das melhores. Quando perguntei quais eram as chances de ela recuperar a consciência, eles apenas balançaram a cabeça.
Meu tornozelo estava inchado e arroxeado, a ponto de a secretária não suportar mais ficar sem dizer nada.
— Ana, vou te levar para o ortopedista dar uma olhada.
Baixei o olhar para o meu pé, que já não me causava nenhuma dor. Balancei a cabeça, apática, sem me mover do lado da cama da minha mãe.
— Não dói.
A secretária, cerrando os dentes, continuou:
— Desculpa.
No segundo seguinte, fui levantada nos braços dele e levada para fora do quarto. Eu não queria me afastar da minha mãe e comecei a me debater, enquanto as lágrimas caíam sem parar.
— Ana, se a presidente Sofia estivesse aqui, ela também não suportaria te ver assim. Ela te ama tanto, também estaria sofrendo por você.
Por um instante, pa