As pupilas de Bruno estavam escuras, e seu corpo tremia.
Seu olhar atravessou a multidão agitada, percorrendo todo o espaço da sala até encontrar o meu.
Vi sua mão ao lado do corpo lentamente se fechar, como se tivesse ouvido algo inacreditável, e ele me olhou de forma atônita, como se nunca tivesse me conhecido.
Sorri para ele, lágrimas cristalinas escorrendo pelos cantos dos meus olhos, e o chamei:
— Bruno, eu te odeio!
Eu fui empurrada de um lado para o outro, meu corpo já não tinha mais sensibilidade, e tudo o que passava pela minha mente eram as pequenas lembranças de mim e Bruno.
No passado, eu gostava tanto de fazer manha para ele. Quando estávamos juntos, eu me esfregava nele como um gatinho, insistindo para chamá-lo de marido. Eu ficava corada, pedindo que ele me beijasse, que me amasse.
Eu o amava, e estava disposta a dar tudo de mim para ele.
Minhas lágrimas caíram, e Bruno, no fim, não pôde se conter e veio em minha direção a passos largos.
Ele deu um chut