O carro se aproximou, mas quando tentei abrir a porta, ela não cedeu.
Rui abaixou o vidro da janela e zombou:
— Que tipo de bobinha é essa? Use mais força!
...
Ele havia arranjado um carro novo de algum lugar, um veículo alto e imponente. Não importava o quanto eu tentasse, simplesmente não conseguia abrir a porta.
Por um instante, parecia que havíamos voltado ao passado, como se aquele homem que havia se forçado a aguentar três anos sozinho no exterior tivesse finalmente relaxado. A rigidez de antes cedeu, e seus gestos agora lembravam aquele jovem arrogante de outrora, sem mais a necessidade de fingir maturidade excessiva.
Ver essa mudança nele me trouxe alegria. Afinal, quem no mundo gostaria de viver carregando o peso de tantas pressões?
— Anda logo! Vem me ajudar! — Imitei seu tom, mesclando autoridade e um charme provocador.
Ele desceu do carro e caminhou até mim. Parando atrás de mim, uma das mãos se apoiou na lateral do carro enquanto a outra segurava a maçaneta