Imediatamente desliguei e apertei o celular contra o peito.
O quarto mergulhou em uma escuridão profunda.
No silêncio, o único som que percebia era o da batida acelerada do meu coração.
Prendi a respiração, atenta ao estado de Bruno. Ele soltou um gemido abafado, enterrando o rosto em meus cabelos e apertando ainda mais o abraço ao redor da minha cintura. Quando tentei ouvir novamente, ele já estava quieto.
O celular vibrou duas vezes. Era uma mensagem da Assistente Isabela:
[Presidente Bruno, vou agendar uma consulta com o psicólogo para amanhã às 16h, após a reunião. Você não tinha dito que, depois que a Ana voltasse, pararia de tomar tanto remédio? Faz apenas dois dias que mandei mais, e já acabaram.]
Meu cérebro entrou em colapso. Como assim ele está tomando remédio por minha causa?
Respondi imediatamente:
[Aqui é a Ana. Assistente Isabela, quero que me diga a verdade: por que Bruno está tomando esses remédios?]
Minha mente estava a mil, tentando juntar todas as peças que conheci