Eu o empurrei, o cheiro de álcool era tão forte que parecia que eu também havia bebido.
Esse comportamento impulsivo dele me lembrou de coisas que eu fazia na juventude, quando a insegurança me consumia. Naquela época, eu oscilava constantemente entre lutar com todas as forças ou desistir de tudo. Também já tinha escapado do alojamento da faculdade para experimentar o sabor amargo do álcool por causa dele.
Esse súbito "gostar" dele me pegou de surpresa.
Se fosse a antiga eu, teria respondido imediatamente, com a mesma urgência.
Esse amor dele, afinal, não era o que eu sempre quis?
Antigamente, ao ouvir o nome "Bruno", eu corria corajosamente ao encontro dele.
Mas agora, algo parecia faltar. A sensação era de que, estando juntos, gostar ou não gostar já não era tão importante assim.
Segurei seu braço, ajudando-o a tirar o paletó e os sapatos.
— Não gosto de conversar com quem está bêbado. — Declarei com firmeza.
O álcool era algo mágico. Ele amplificava os sentimentos