Mordi os lábios com força, virando-me de costas para ele, prendendo a respiração e fingindo estar profundamente adormecida.
De repente, Bruno me puxou pela cintura, enlaçando-me em seus braços.
Finalmente, eu estava dividindo a mesma cama com ele.
Soltei um grito de surpresa, achando que ele queria me segurar, mas logo ele me soltou.
— Não fique tão longe. Estamos debaixo do mesmo cobertor, e entra vento no meio.
No instante em que ele me tocou, meu corpo se retraiu instintivamente. Fiz menção de sair da cama.
— Vou descer para pegar outro cobertor.
Bruno franziu a testa, sua voz rouca revelando uma leve irritação:
— Não precisa complicar. Sua amiga vai voltar amanhã.
A noite estava tão silenciosa que eu quase podia ouvir o som do meu coração se acalmando.
Apertei com força o cobertor, olhei para ele no escuro e murmurei baixinho:
— Obrigada.
— Apenas um acordo. — Bruno nem sequer abriu os olhos, batendo de leve na cama ao seu lado. — Dorme logo.
Alguns segund