(Lua)
Paris tinha um brilho diferente, como se cada rua, cada monumento respirasse romance. O ar parecia mais leve, ainda que carregado de histórias. As pessoas passavam apressadas, algumas com baguetes debaixo do braço, outras com câmeras penduradas no pescoço. O idioma soava como música em meus ouvidos, mesmo quando eu não entendia nada.
Eu ainda não conseguia acreditar que estava ali. Nunca imaginei que um dia pisaria na Cidade Luz — e menos ainda ao lado de Eduardo, de Sol e de toda a equipe que cuidava da minha filha. Era surreal.
Nosso primeiro dia foi planejado para ser leve. Caminhamos pelos jardins próximos ao hotel, onde flores coloridas resistiam ao frio do início da primavera. Depois seguimos em direção à Champs-Élysées, a avenida mais famosa de Paris, com suas lojas luxuosas e vitrines que pareciam brilhar como joias.
Sol estava radiante. Seus olhinhos vibravam diante das cores, dos reflexos, do movimento. Ela apontava para tudo, querendo absorver cada detalhe.
— Mamãe, q