Jantares... Festas... Eventos.

As duas semanas que se seguiram foram mergulhadas em apatia. Eu estava viva, mas não sentia que vivia de fato. Tudo ao meu redor parecia envolto em uma névoa densa, distante. Obedecia mecanicamente às ordens de Thane, sem esboçar reação. Minha mãe estava visivelmente aflita, mas como explicar a ela que sua garotinha estava tão pronta para deixar o mundo, sozinha? Os equipamentos que destruí foram repostos no mesmo dia, e Thane nunca trouxe o assunto à tona. Mesmo assim, a pergunta ecoava: por quê? Por que eu realmente acreditei que tirar minha vida resolveria alguma coisa? Eu ainda não sabia a resposta, porque naquele momento parecia a única opção, mas quando minha mente afinal se acalmou e refleti sobre tudo, percebi que fora um erro.

Thane falava alguma coisa, mas, embora estivéssemos na mesma sala, suas palavras pareciam distantes demais para que eu pudesse entendê-las.

— Riley? — Ele chamou, finalmente percebendo que eu não estava prestando atenção.