PONTO DE VISTA DE ALEXANDER
NOVE ANOS ATRÁS
Minha mãe, Riley, me observava à distância. Eu podia ver o desejo em seus olhos — o desejo de estar perto do filho. Eu a via quase todos os dias — exceto quando ela se trancava no quarto — e, ainda assim, parecia existir uma distância entre nós; nunca poderíamos ter um relacionamento normal de mãe e filho. Eu sabia disso.
O hematoma no meu pescoço ainda doía, uma ferida causada por ela — mas eu sabia que ela não estava em si. Eu podia perceber no momento em que o interruptor virava e seu demônio assumia o controle. Eu já era forte o suficiente para enfrentá-la, mas preferia morrer a machucar minha própria mãe. A dor de cada mordida era suportável, mas a ideia de levantar a mão contra a mulher que me deu a vida — isso, eu não conseguia suportar.
Acenei desajeitadamente para ela, e ela sorriu, com lágrimas nos olhos.
Caminhei em direção a ela; seus olhos se arregalaram em pânico, e ela se virou, retornando para seu quarto, fugindo pelos corredo