Fiquei encarando Bruce, atônita. Ele tinha se apresentado como meu pai, como se tivesse algum direito a esse título.

— Talvez possamos deixar só como Bruce. Em que posso te ajudar?

Não consegui evitar me sentir decepcionada. Parte de mim ainda esperava que ele tivesse algum tipo de explicação para nunca ter estado presente para mim ou para minha mãe, mas, ao que tudo indicava, ele simplesmente não se importava. E eu também não precisava me importar. Eu só precisava de uma coisa dele — e era por isso que eu estava ali.

— Daemon me disse que você poderia me ajudar a me livrar da minha escuridão. — Falei.

— Ele disse isso, não foi? — Respondeu Bruce, lançando um olhar frio para Daemon.

— Você pode me ajudar?

— Sinto muito. Não posso.

— Sério?

— Sim.

Me virei para sair, indo em direção à porta, mas então parei.

— Sabe de uma coisa, Bruce? — Pronunciei o nome com toda a veneno que consegui reunir numa única palavra. — Você nunca valeu a pena. A vida inteira me perguntei quem era meu pai. Ac