Assim que recebi a mensagem do motorista informando que Clara se recusava a entrar no carro, senti uma pontada de frustração. Respirei fundo e respondi, decidido:
— Estou indo para aí agora mesmo.
Peguei minhas coisas e sai apressado da empresa. Não conseguia entender o porquê de Clara estar se recusando a sair de sua casa, afinal, agora ela era minha esposa e, de acordo com o contrato, deveria morar comigo.
Aquilo me deixou levemente irritado. Dirigi rapidamente até o endereço do apartamento dela, estacionando o carro e saindo decidido a resolver aquela situação.
Ao me aproximar, questionei:
— O que está acontecendo aqui? Por que você se recusa a sair?
Clara me encarou, os olhos brilhando com certa determinação.
— Eu não acho certo isso, Victor. Como vou morar na sua casa se é a sua casa? E além disso, você vai transitar com outras mulheres por lá — ela bufou, claramente incomodada.
Segurei o impulso de rir da situação. Então era isso? Ciúmes?
— Você está com ciúmes, Clara? — pergunt