Mundo ficciónIniciar sesiónO café da manhã era mais um ritual para manter as aparências do que por prazer. Caminhava pelo corredor da redação tomando um gole amargo, tentando afogar o cansaço e a névoa de desconfiança que nublava meus pensamentos desde a noite anterior.
Fabrício passou ao meu lado, e a nuvem de seu perfume amadeirado e intenso — aquele cheiro másculo que ele tanto gostava — invadiu meu espaço. Senti o coração dar um salto involuntário. Suspirei, baixando os olhos para o copo de plástico, tentando disfarçar o olhar discreto que inevitavelmente pousara sobre ele.
— Bom dia — disse ele, com a voz casual.
— Bo-bom dia — gaguejei, e o café morno quase tomou o caminho errado, quei







